segunda-feira, junho 22, 2009

O Mercado não tem aquilo roxo

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Pois é, o Mercado não tem aquilo roxo mesmo. Peraí! Não estou falando do Mercado Público e de cebolas, beterrabas, repolhos roxos que faltam. Falo do covarde e chantagista Mercado financeiro, isso que quero dizer. São covardes também todos aqueles que diante do que acontece no mundo desde o último trimestre do ano passado, insistem em não criticar o mercado. Pois é, passarei a grafar mercado com letra minúscula mesmo, pois não merece um destaque maior. Durante anos escutei de jornalistas gaúchos e brasileiros de outros Estados, que o que atrapalhava o crescimento econômico era o Governo, os impostos. Que deixassem a livre iniciativa cuidar de tudo, que seria mais eficiente, sem corrupção, menos gastos, mais investimentos, enfim, aquele libelo de elogios ao livre mercado contra o Estado sempre grande, gordo e lento. Pois bem, o que ocorre hoje no primeiro apertão recessivo pós-crise? Os grande executivos, administradores, empresários, alguns até doutores em economia, gestão, etc, o que fazem? Demitem os empregados, deixam milhares, milhões de pais e mães de familia sem expectativa, tudo para salvar a saúde financeira de suas empresas e especialmente seus patrimônios pessoais, com atitudes chantagistas contra o governo. Explico, é mais ou menos assim: " Lula, tá certo que eu gerenciei mal meus negócios, apliquei mais na bolsa do que na produção e agora "tô maus". Mas o negócio é o seguinte: Se não me deres ajuda financeira, aquela fábrica que eu iria abrir ali em Guaíba/RS, com isenção fiscal e obras feitas com o dinheiro do governo não vou abrir mais. Além disso, demitirei milhares pois perdi 2 bilhões de dólares na bolsa e preciso recuperar isso. Lula, deixa eu ser mais claro, se não me ajudares, vão diminuir os empregos, e teus indicadores de sucesso, que te levam a ter mais de 80% de aprovação popular, vão cair e eu ainda vou dar entrevista pra um jornalista meu amigo e comprometido, mas "isento", e dizer que a culpa é tua." Pergunto! Precisa estudar tanto pra isso? Precisa ser doutor pra isso? Precisa usar terno caro pra isso? Qualquer um faz isso, é fácil, barbada e desumano. Pra preservar seus excessivos patrimônios familiares, compensar suas perdas na jogatina das bolsas de valores com preços artificializados, demitem trabalhadores. Credo, que diplomas são esses doutores, como puderam e podem (alguns ainda insistem na maior cara dura) defender esse tipo de ação, depois de anos de economês, com as macro, micro, primes, subprimes, gestão de pessoas, normas disso e daquilo, isenções fiscais, automação, ter nos seus primeiros atos gerenciais, demitir pessoas que buscaram no trabalho uma forma digna de sustento. O mercadinho e seus seguidores são tão covardes, que acorrem pra onde pra salvar suas gestões péssimas e corruptas? Acorrem ao Estado e ao dinheiro que arrecadou dos impostos dos trabalhadores que agora estão sendo demitidos. A maior seguradora dos Estado Unidos, recebeu do Estado americano uma ajuda de 180 bilhões de dólares para não falir, em decorrência do dinheiro que perdeu aplicando nas bolsa furadas do mercadinho - não dá pra dizer nem mercado, é demais. Porém, depois de receber ajuda do dinheiro público, essa seguradora a AIG dividirá lucros, pasmem, lucros com seus executivas que receberam, alguns cerca de 180 milhões de dólares, pois o dinheiro emprestado pelo governo entrou no caixa da empresa como lucro, que agora por força de contrato devem ser divididos com aqueles que levaram a empresa à pré-falência. Esse é o mercadinho e os jornalistas que ao longo dos anos meteram o pau no governo, especialmente o do Lula, não falam nada, ao menos de forma clara e insistente como o fazem contra o Estado. Falam da corrupção, da cara de pau mas não daqueles para que se ajoelharam ao longo de anos com a pinta de isentos e defensores da moral da coisa pública. Creio que diante disso, aqueles que ainda se ajoelham pra esse mercadinho, ao olharem pra cima só devem ver mer.....bem deixa pra lá.

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