terça-feira, dezembro 12, 2006

Faz tanto tempo.....


Tanto tempo que não escrevo algo. Porém venho pensando em muitas coisas e com a chegada do final do ano aquele balanço da vida, pois aquele calendário (as folhinhas) realmente tem um poder enorme sobre nossas ações.
Então tudo parece que não tem mais tempo, que um período vai terminar exatamente no lançar dos fogos à meia-noite do próximo dia 31. Criamos cada coisa para nos alentar e nos "esperançar" que nem acreditamos depois.
As questões mais prementes hoje, após passar as eleições e o show de enganação da imprensa poderosa porém capenga agora, são aquelas das mais importantes. As questões de vida.
Venho através do trabalho e da observação experimentando vários temperos na relação com a pessoas, na relação direta e nas impressões que tenho sobre o que escuto,o que leio, o que sinto.
O tempo, o ano novo, a nova etapa nada mais é do que a continuação da busca do que é mais simples. Essa busca de vida vem me fazendo enfrentar o meu pior com o meu melhor, ou seja, eu mesmo me enfrentando na busca do entendimento sobre o caminho que trilho, que faço com meus pés, mas também um caminho adiante que tenho a marcar.
Hoje estabeleço uma proposta de seguir andando. A simplicidade.
Quero poder ser simples, não humilde como um milhonário, mas simples como a verdade permite. Simples e Livre!
Confesso que preciso ser simples. Se sou, me perdoem, a dificuldade de me identificar como simples é a denúncia de que preciso ser simples, se fosse não estaria preocupado em me definir como tal. Meio estranho isso, porém....
Bem, um dia, depois de goles de um delicioso espumante brütt gaúcho, ao espocar dos fogos e após abraços nem todos desejados,disse que gostaria de viver a vida pra amar, ajudar e viver, e vice-versa.
Quem sabe poderei ser simples e livre e continuar dando ao beijo da minha mulher amada, ao olhar e carinhos dos e para os meus filhos, o valor maior de tudo o que vivo, na simplicidade do amor de Deus nesses gestos, que por tudo Lhe agradeço, agradeço e agradeço.

"Liberdade

Poesia que escrevo
No pensamento surges
Do nada me vestes
E eu ao dizer-te minha
me atrevo a perder-te.

No ar, no raio de luar
Passas rápido poesia!
Nem consigo escrever-te!
Apenas me sinto um mandalete
Dele, que me permite.

Quando voas poesia
Sem que eu possa prender-te
Com aquela caneta, naquele papel
Fico mais feliz, acredite!

Pois vejo que, mais que eu,
És livre poesia
e por essa liberdade, tão certa
Tu me transforma, tu me faz poeta.

Gerson Rocha©